Há quem morra todos os dias.
Morre no orgulho, na ignorância, na fraqueza.
Morre um dia, mas nasce outro.
Morre a semente, mas nasce a flor.
Morre o homem para o mundo, mas nasce para Deus.
Assim, em toda morte, deve haver uma nova vida.
Esta é a esperança do ser humano que crê em Deus.
Triste é ver gente morrendo por antecipação...
De desgosto, de tristeza, de solidão.
Gente empurrando a vida, gritando, se perdendo, excedendo no seu morrera cada dia que passa.
E a ausência cumpre o seu papel!...
É a lembrança de nossos mortos, despertando, em nós, o desejo de abraçá-los outra vez.
Essa vontade de rasgar o infinito para descobri-los.
De retroceder no tempo e segurar a vida.
Ausência: - porque não há formas para se tocar a presença que se pode sentir.
Essa lágrima cristalizada, distante e intocável, insiste em ser o remédio para curar a saudade, que vive machucando o coração.
Esse infinito rolando sobre a nossa pequenez. Esse céu azul e misterioso.
Ah! Aqueles que já partiram!
Aqueles que viveram entre nós, que encheram de sorrisos e de paz a nossa vida.
Foram embora deixando um vazio inconsolável, que a gente, às vezes, disfarça para esquecer.
Deles guardamos até os mais simples gestos.
Sentimos, quando mergulhados em oração, o ruído de seus passos e o som de suas vozes.
A lembrança dos dias alegres, daquela mão nos amparando.
Daquela lágrima que vimos correr, da vontade de ficar quando era hora de partir.
Ah! Essa vontade de rever aquele rosto.
Esse arrependimento de não ter dado maiores alegrias.
Essa prece que nunca diz tudo.
Esse soluço que morre na garganta...
Esta saudade do tamanho do infinito caindo sobre nós.
Bendita Doutrina Espírita!
Que nos trás, sem doer, a lembrança dos que já foram para a eternidade.
Que torna as ausências tão cheias de presença!
Que faz a morte tão cheia de vida, e de esperança!
Texto: Padre Jeronymo
Paz e Luz no seu coração
Namastê!
Sou:
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