Bom dia a todos,
Estamos repassando essa matéria contendo uma importante denúncia.
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Equipe de voluntariado
De: cad@avaaz.org.br
Enviada em: terça-feira, 28 de agosto de 2012 17:56
Para: abuse@avaaz.org.br
Assunto: Uso eleitoreiro da água!
--- Em ter, 28/8/12, Anna Paula Nascimento <annanascimento@terra.com.br> escreveu: Campanha denuncia uso eleitoreiro da água no semiárido Iniciativa da Articulação no Semiárido (ASA) quer evitar que distribuição de água vire moeda eleitoral; pior seca dos últimos 30 anos agrava situação 24/08/2012 Patrícia Benvenuti Da redação A pior seca das últimas três décadas no Brasil castiga milhares de municípios. Segundo a Secretaria Nacional de Defesa Civil, atualmente 2.236 cidades decretaram situação de emergência e três estão em estado de calamidade pública. O quadro é ainda mais crítico no semiárido, região marcada por chuvas mal distribuídas. Em muitas localidades, não chove desde setembro de 2011.
A falta de água, porém, é apenas um dos problemas com os quais as famílias do semiárido têm de lidar. Em um ano de eleições, como 2012, a água pode virar moeda eleitoral, e sua distribuição pode ser atrelada à promessa de votos. Para evitar essa situação, a Articulação no Semiárido (ASA) promove a campanha "Não troque seu voto por água. A água é um direito seu!". O objetivo é evitar que os candidatos tentem angariar votos por meio de benefícios como entrega de água, alimentos ou sementes. A gravidade da seca aumenta a preocupação. De acordo com Carlos Humberto Campos, da Coordenação Executiva da ASA no Piauí, atualmente 90% da produção da agricultura familiar do semiárido foi perdida por causa da estiagem. Com isso, além de água, as famílias são atingidas pela escassez de alimentos. "Essas famílias estão vulneráveis a especulações e ao uso indevido dos recursos públicos por parte de políticos", afirma. Um exemplo é o uso do carro-pipa, fundamental para a sobrevivência de muitas famílias. Em vez de distribuir a água de forma igualitária, porém, é comum que sua utilização esteja condicionada à questão eleitoral. "Detectamos que muitas comunidades beneficiadas com carro-pipa têm vínculos eleitorais com determinados candidatos". relata Campos. O resultado é a continuidade da política do "clientelismo", especialmente em municípios mais distantes, que carecem de fiscalização. "Infelizmente muitas comunidades ficam à mercê dos interesses dos políticos, que fazem a gestão desses carros-pipa", lamenta. Cerca de mil municípios devem ser alcançados pela campanha da ASA - rede que reúne mais de mil organizações em nove estados do Nordeste e em Minas Gerais. Entidades locais e sindicatos são convidados a participar da iniciativa, que distribui folhetos e cartazes nas comunidades. 'Spots' também estão sendo veiculados em rádios comunitárias. Em todos os materiais de divulgação, são disponibilizados telefones da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e do Ministério Público, que podem ser acionados em caso de irregularidade. A Lei Federal 9.840/99, conhecida como Lei de Combate à Corrupção Eleitoral, classifica como crime oferecer benefícios em troca de água. Convivência Além de denunciar o uso eleitoreiro da água, o objetivo da campanha da ASA é reforçar a importância da convivência como semiárido, por meio da captação de água em cisternas. Em parceria com o governo federal, a ASA desenvolve os programas 1 Milhão de Cisternas (P1MC), voltado para o consumo, e Uma Terra e Duas Águas (P1+2), direcionado à produção de alimentos. Ambos são realizados em comunidades rurais e auxiliam os agricultores a construírem suas próprias cisternas. Os benefícios dos programas são visíveis, sobretudo em períodos de seca prolongada, como a atual. Campos assegura que as comunidades que já participaram da capacitação e têm suas cisternas sofrem menos prejuízos. "Temos comunidades que, apesar da seca, estão realizando feiras de agroecologia", afirma. Em 2011, depois de oito anos, o governo federal tentou retirar seu apoio aos programas de construção de cisternas. Entretanto, depois de forte mobilização dos agricultores e das organizações que compõem a ASA, o Executivo voltou atrás e anunciou a continuidade da parceria. Mais informações sobre a campanha da ASA estão disponíveis na página da entidade na internet. Fonte: http://www.brasildefato.com.br/node/10429 (via twitter @brasil_de_fato) |
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