Tecnologia do Blogger.
RSS

[MISTURANDO-IDEIAS] y- Duas dores de amor - Martha Medeiros



 

 

Martha Medeiros.....

*´¨)
¸.•´¸.•*´¨) ¸.•*¨)
(¸.•´ (¸.•`
"Percebeu que era amor não porque o outro era bem o que pensava,

mas era bem o que amava." Ana Jácomo

 

Existem duas dores de amor: 

A primeira é quando a relação termina e a gente, seguindo amando, tem que se acostumar com a ausência do outro, com a sensação de perda, de rejeição e com a falta de perspectiva, já que ainda estamos tão embrulhados na dor que não conseguimos ver luz no fim do túnel. 

A segunda dor é quando começamos a vislumbrar a luz no fim do túnel. 

A mais dilacerante é a dor física da falta de beijos e abraços, a dor de virar desimportante para o ser amado. Mas, quando esta dor passa, começamos um outro ritual de despedida: a dor de abandonar o amor que sentíamos. A dor de esvaziar o coração, de remover a saudade, de ficar livre, sem sentimento especial por aquela pessoa. Dói também... 

Na verdade, ficamos apegados ao amor tanto quanto à pessoa que o gerou. Muitas pessoas reclamam por não conseguir se desprender de alguém. É que, sem se darem conta, não querem se desprender. Aquele amor, mesmo não retribuído, tornou-se um souvenir, lembrança de uma época bonita que foi vivida... Passou a ser um bem de valor inestimável, é uma sensação à qual a gente se apega. Faz parte de nós. Queremos, logicamente, voltar a ser alegres e disponíveis, mas para isso é preciso abrir mão de algo que nos foi caro por muito tempo, que de certa maneira entranhou-se na gente, e que só com muito esforço é possível alforriar. 

É uma dor mais amena, quase imperceptível. Talvez, por isso, costuma durar mais do que a "dor-de-cotovelo" propriamente dita. É uma dor que nos confunde. Parece ser aquela mesma dor primeira, mas já é outra. A pessoa que nos deixou já não nos interessa mais, mas interessa o amor que sentíamos por ela, aquele amor que nos justificava como seres humanos, que nos colocava dentro das estatísticas: "Eu amo, logo existo". 

Despedir-se de um amor é despedir-se de si mesmo. É o arremate de uma história que terminou, externamente, sem nossa concordância, mas que precisa também sair de dentro da gente... 

E só então a gente poderá amar, de novo.

Martha Medeiros






--
Você está recebendo esta mensagem porque se inscreveu no grupo "MISTURANDO IDEIAS" dos Grupos do Google.
Para postar neste grupo, envie um e-mail para misturando-ideias@googlegroups.com.
Para cancelar a inscrição nesse grupo, envie um e-mail para misturando-ideias+unsubscribe@googlegroups.com.
Para obter mais opções, visite esse grupo em http://groups.google.com/group/misturando-ideias?hl=pt-BR.

  • Digg
  • Del.icio.us
  • StumbleUpon
  • Reddit
  • RSS

0 comentários:

Postar um comentário