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 Vou-me Casar... -Rose Arouck- Vou me casar com a tristeza; servir a ela todos as manhãs em minha mesa, suco de lágrimas e brioches de dor. Vou dormir com a tristeza, abraçada, coberta pela manta extravasada pelo canto fúnebre que na igreja soou. É o pintassilgo da certeza que veio unir-me à sutileza fingindo ser cálida a pétala de cada flor. Meu vestido trás o branco da pureza, com uma cauda repleta de mal me quer. Em minha testa os ramos da realeza, nos olhos trago refletida a esperteza de ser excêntrica na condição de mulher. Vou me casar inebriada sorrindo com uma boca forçada dizendo sim com um trejeito qualquer. Deixarei o perfume das flores intactas, os cumprimentos condizentes com as trapaças que inebriam as fibras do coração, envolverem minha alma de pirata sonegando toda farsa que em bravata tentam do alto atirar-me neste chão... Entrarei na nave iluminada carregando a cabeça dele na mão.  |
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