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| Às cegas... - Rose Arouck - Endereçando-te meu olhar é que eu consigo me encontrar nas linhas turvas do teu verso. Eu ando, ando e soluçando e em ti tropeço; valendo-me do encontro eu arremesso frases canoras para o teu dia clarear. Pois minha hora se inicia na esquina da tua madrugada vazia carregando a sombra inóspita do talvez. São muitas dúvidas a minar minha altivez. Ao longe escuto uma cantiga oca; lembro tuas mãos, teus olhos, tua boca... e o desejo volta a me consumir. Não adianta nem eu tentar dormir, porque no sonho teu vulto é mais tirano e ameaça me jogar no desengano. Sei que não posso me livrar desse tormento, é um poço de suplício e sofrimento que transbordará no meio do meu sonhar... Por isso volto para a luz do amanhecer; quero sentir-te na magia do prazer e nesse impasse o meu corpo te entregar.
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