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O Mar de Niterói - Rose Arouck - O mar de Niterói amanheceu de ressaca. Vomitou toda sua saga anoitecida por cima de nós. Arrastou carros, amassando-os e danificando-os. Aquela calma serena que alimentou nossa voz mostrou-se agressiva sob acentuada tensão. Sua espuma deslizante parecia muito veloz; era como um pó de sabão arquitetado por um gnomo algoz... Mudou a paisagem calma de uma cidade. O mar está fulo de tanta contrariedade; espremeu os banhista de encontro ao paredão, simulou um terrível arrastão, mostrou em um raplay itinerante da força diminuída de um tsunami expectante. O mar se revoltou e alterado mostrou sua total força magnética que arrebata com onda frenética amontoando vagas ao amanhecer. O mar veio dizer: -Para o trânsito! Eu quero descer! Só os surfistas correram a agradecer. |
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