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| GRAFITE ( ROSE AROUCK ) Espalho o spray na loja de grife e faço o meu grafite... Consagro meu ato em revelia na erma noite, antes de clarear o dia. Viro aranha escalo a trama. Grafiteira da dor alheia Deixo a marca da ousadia. É ignóbil embora muito versátil a esperteza dessa cor volátil que gruda meu sentimento nessa placa de cimento... Grafite o negro do terror, o azul do céu de anil... Grafito o ambíguo valor sem medo e sem pudor de escancarar meu lado vil. Está aí, quem quiser que leia, torça o nariz, faça cara feia; é arte ou disparate? É uma tenebrosa teia. Sou fã do Malazarte que se pendurou num barril desenhou como num encarte, no teto das belas artes, as malandragem que à parte tem a cara do Brasil, e de sobra nessa dobra ainda assinou o seu perfil: -"Sou um filho da luta, da pátria culta que me pariu"- |






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